terça-feira, 1 de março de 2011

Neste fim de mês, eu e mais um milhão de pessoas tivemos muitas dificuldades e contratempos com as coisas práticas(?) da vida de servidores públicos, por conta da mudança da instituição bancária responsável pela efetuação dos nossos vencimentos. 
Com as mudanças em vigor, nós aqui em casa agora penamos por cinco instituições financeiras diferentes para recolher as moedas: Santander (ex-Real e ex-Bandepe); Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú e agora o Bradesco. Isto significa logística para ficar ligados nos dias de pagamento; na memorização de todas as senhas de 4 e 6 dígitos, fora a senha de internet de cada banco e, principalmente, nos processos que teremos de lançar mão para otimizar o tempo gasto para  administrar tudo isto.
Apesar de tão alardeadas tecnologias adotadas pelos bancos atualmente, precisei ir duas vezes na agência do Bradesco para resolver problemas tecnológicos de vinculação entre o cartão de débito e uma chave numérica criada para minha segurança: tão segura, mas tão segura, que nem mesmo eu pude ter acesso ao meu dinheiro. O meu marido já foi duas vezes à sua nova agência do Itaú (uma para pegar o cartão; outra pra pegar a chave com as senhas, que não foi entregue da primeira vez) e deverá ir ainda mais algumas vezes até conseguir que as senhas funcionem.  Não vou me deter aqui nas horas gastas com o Fone Fácil(?) de cada Banco.
Agora vai ser igual àquele bloco carnavalesco De Bar em Bar: eu, de banco em banco  recolhendo meu dinheirinho. Ainda nem pensei nas taxas diversas de todos os bancos: da emissão da folha de cheque, da compensação do cheque, do doc, da manutenção da conta, da atualização do cadastro da conta, da manutenção do cartão, de passar pela porta rotatória, de falar com os funcionários, de permanecer muito tempo na fila em pé, outra quando ficar sentada, e de respirar o ar refrigerado gentilmente oferecido para o meu conforto dentro das agências. Tudo devidamente autorizado pelo Banco Central.
Então, fiquei pensando, pensando, e me ocorreu uma solução interessante para gente que nem eu, com pouco dinheiro e muito banco, baseada num sistema parecido com o dos cartões de milhagem, como o Smiles, Multiplus, etc.. 
Acho que deveria ser criado o Cartão Comprime. Parente do Cartão Prime, já distribuído pelo Bradesco entre servidores diferenciados, o Comprime seria o cartão único do servidor e evitaria a necessidade de tantas senhas.
Você teria apenas um número de conta centralizado em uma única instituição, a qual ficaria responsável por fazer o trabalho de recolhimento entre os diversos bancos e creditar os salários dos servidores optantes, como uma Really Simple Syndication ou RSS na internet: o que nos interessa, pode vir até nós. Os governos, obviamente, subsidiariam os custos operacionais do serviço.
Junto ao Cartão Comprime, seria criado o Programa Deprime que, através de um sistema de pontuações adquiridas de acordo com o uso do Cartão Comprime, propiciaria ao servidor optar pela troca dos pontos por isenção de taxas, fornecimento de talões de cheque e bônus em dinheiro para incremento dos salários.
Fico aqui pensando muitos outros programas que poderiam ser criados para compartilhamento de benesses para todas as partes envolvidas nestas mudanças organizacionais que vivenciamos nos tempos modernos e que, com certeza, trariam muita eficiência e satisfação aos servidores.






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