Dando seguimento aos ressuscitados, meu segundo candidato à volta ao convívio é o escritor, poeta e dramaturgo irlandês Oscar Wilde.
domingo, 19 de dezembro de 2010
"O Estado deve fazer o que é útil. O indivíduo deve fazer o que é belo".
Dando seguimento aos ressuscitados, meu segundo candidato à volta ao convívio é o escritor, poeta e dramaturgo irlandês Oscar Wilde.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Os Ressuscitados
Recentemente, o artista plástico pernambucano Gil Vicente foi enormemente criticado por sua série denominada “Inimigos”, na qual, em autorretrato, ameaça matar importantes líderes locais e mundiais.
Li diversos comentários sobre o fato de a obra incitar a violência, ser de mau gosto, ser ou não arte, etc., etc., e comecei a refletir sobre a contradição que a própria obra encerra: ao invés de matar, que pessoas do mundo eu gostaria de ver ressuscitados? Que bem essas pessoas poderiam trazer ao mundo de hoje? Assim, logo comecei a pensar nos candidatos, e o primeiro que me veio à cabeça foi Karl Marx: como o filósofo da práxis analisaria a realidade do capitalismo mundializado, mais conhecido como globalização, nos nossos dias? Que luzes traria para nós no enfrentamento da pós-modernidade? Apontaria saídas, caminhos, possibilidades? Certamente ficaria imensamente chocado com a complexidade das relações internacionais, com o aprofundamento das desigualdades, com os modelos de produção (a exemplo da China).
Fico imaginando a figura de Marx dando umas voltinhas pelo mundo, patrocinado pelo WikiLeaks para realizar uma análise geral a ser divulgada na internet. Também o imagino observando atentamente os diversos locais de estudo, fazendo anotações e incomodando a todos com sua presença marcante. Curiosamente, Marx é descrito por um amigo russo que não consegui descobrir o nome, da seguinte forma:
"Ele representa o tipo de homem constituído por energia, força de vontade e convicção inflexível, um tipo que também segundo a aparência era extremamente estranho. Uma grossa juba negra sobre a cabeça, as mãos cobertas pelos pêlos, o paletó abotoado totalmente, possuía contudo o aspecto de um homem que tem o direito e o poder de atrair a atenção, por mais esquisitos que parecessem seu aspecto e seu comportamento. Seus movimentos eram desastrados, porém ousados e altivos; suas maneiras iam frontalmente de encontro a toda forma de sociabilidade. Mas eram orgulhosas, com um laivo de desprezo, e sua voz aguda, que suava como metal, combinava-se estranhamente com os juízos radicais que fazia sobre homens e coisas. Não falava senão em palavras imperativas, intolerantes contra toda resistência, que aliás eram ainda intensificadas por um tom que me tocava quase dolorosamente e que impregnava tudo o que falava. Esse tom expressava a firme convicção de sua missão de dominar os espíritos e de prescrever-lhes leis. Diante de mim estava a encarnação de um ditador democrático, assim como se fosse em momentos de fantasia."
Esse homem meio esquisito e curioso estudava cerca de 15 horas por dia, escrevia demais e, dizem, sempre sentava no mesmo lugar (cada qual com suas manias...). Viveu e morreu pobre.
Contudo, ele voltando, contaríamos com alguém que tinha como preocupação central de sua vida conhecer e transformar a realidade, tendo por isto direta ou indiretamente dedicado sua vida às lutas operárias.
Então: Viva Marx!
Tenho em mente outros nomes a ressuscitar, mas isto só na próxima postagem.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Cidadania deambulatória
Exercitar a cidadania deambulatória - conceito de Francisco Cunha para quem gosta de andar pelas ruas da cidade - tem sido algo mais que difícil. Como no meu trabalho (Hospital da Restauração) encurtaram o tamanho do estacionamento para criação de uma pequena praça de alimentação, tenho ido dar meus plantões de táxi, de carona ou de ônibus. Aproveito para voltar a pé, andando cerca de 4 km até minha casa, o que faço sem grandes esforços.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Tomar um deforete
quinta-feira, 10 de junho de 2010
De onde você vem?
Há muito achava que saber para onde ir, no sentido do que fazer da vida, além de ser algo muito cobrado socialmente, era uma das coisa mais importante a se perseguir. Minha geração herdou muitas possibilidades de construir caminhos nunca antes trilhados e isso foi muito bom. Dentro de certos limites, conseguimos ser muitas coisas: profissionais, mães, companheiras, etc., etc. Nunca que vó Petronilla podia imaginar que as mulheres pudessem fazer parte das coisas que fazem hoje. Vó ficava enlouquecida quando eu chupava abacaxi ou tomava suco de limão ou ainda lavava a cabeça estando menstruada! Achava também que certos aspectos da relação entre homens e mulheres "eram assim mesmo", sinônimo de que nunca mudariam. Vó foi uma mulher arretada, que criou nove filhos em um tempo de muita dificuldade. Fez um feito.