Já na Síndrome de Estocolmo, os acometidos geralmente desenvolvem uma grande ojeriza à cidade em que moram, desencadeada pelas impossibilidades de sobrevivência nos espaços coletivos: a violência, o trânsito, a sujeira, o fedor e os esgotos a céu aberto são fatores desencadeantes e a falta de perspectiva é altamente agravante. A cegueira noturna, por falta de iluminação suficiente, geralmente provoca acessos de terror e encastelamento em suas vítimas.
Os acometidos pela Síndrome de Estocolmo sempre que entram em crise ficam estranhamente motivados, mas é muito comum voltarem ao normal após alguns safanões de amigos sempre dispostos a ajudar.
Infelizmente para os pacientes, a única possibilidade de cura é se mudar para Estocolmo, na Suécia, porque foi acidentalmente descoberto nas similitudes geográficas o vislumbre telúrico de um Recife possível que, mesmo que apenas quimérico, faz com que os desafortunados acreditem que a cura aqui ainda é possível.
Parabéns pelo texto...
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